Hepatite B é uma das doenças sexualmente transmissíveis
mais comuns, daquelas que não provoca nenhuma
complicação grave.
Também chamada hepatite sérica, esta doença é caracterizada
pela infecção das células hepáticas (fígado) pelo HBV – Hepatitis B Vírus,
que é um vírus de DNA.
Esta infecção exterioriza-se por um espectro de síndromes que
vão desde a infecção inaparente e subclínica até à rápida progressão,
podendo levar à morte.
O vírus da hepatite B transmite-se por contacto sexual,
quer seja vaginal, anal ou oral, por troca de seringas e outros
objectos perfurantes utilizados para tatuagens e piercings,
por transfusões sanguínea e contacto directo com sangue contaminado.
O vírus pode também estar presente nas secreções salivares,
constituindo assim uma possível fonte de transmissão.
No caso das grávidas infectadas, o vírus
transmite-se da mãe para o bebé, durante o parto.
Aproximadamente 90% das crianças infectadas à nascença desenvolvem
a doença de uma forma crónica, correndo sérios riscos de virem a
apresentar doença degenerativa ou cancro do fígado.
A cerca de 1/3 dos infectados com Hepatite B, não são detectados sintomas.
No entanto aos restantes podem aparecer febres, cefaleias, náuseas,
astenia, dores musculares, fadiga, perda de peso e de apetite, vómitos e diarreia.
Quando a doença já está numa fase mais avançada, podem
surgir lesões no fígado, que, por sua vez, provocam dores abdominais,
urinas escuras e icterícia (amarelemento da pele e dos olhos).
Esta doença pode ter um período de incubação que pode
ir de 30 a 180 dias, mas o mais comum são 75 dias.
A maioria das pessoas afectadas por esta doença não necessita de tratamento,
porque a inflamação não é muito significativa, sendo apenas necessário
o repouso devido ao cansaço fora do normal. Trata-se apenas os sintomas e as
complicações. Estes doentes recuperam, ficando protegidos
contra o vírus para o resto da vida.
A melhor maneira de nos prevenirmos contra este vírus,
é sem dúvida a vacinação, obtida por engenharia genética, com
grande eficácia no desenvolvimento de anticorpos (3 doses).
A vacina é especialmente recomendada para quem apresente
comportamentos de risco, nomeadamente aquelas que contactam
diariamente com pessoas infectadas, indivíduos que partilhem
seringas (toxicodependentes) e quem tenha inúmeros parceiros sexuais.
Mas claro, uma das formas mais seguras e que impossibilitam o
contacto através da via sexual é praticar sexo seguro, usando preservativo,
quer seja feminino ou masculino, em todas as relações sexuais.